Título, intensidade e problemas no segundo tempo: o primeiro mês de Milito no Atlético

Milito conquistou com o Atlético o título do Campeonato Mineiro Foto: Pedro Souza/Atlético

Foi um movimento inesperado. Ao avançar para a final do Campeonato Mineiro – aos trancos e barrancos, na verdade, – o Atlético decidiu mudar o rumo da temporada. Demitiu Felipão depois de chegar à decisão. O time não agradava a torcida, o jeito do experiente treinador já incomodava geral, e o futebol apresentado era muito questionado. A equipe carijó, que sempre jogou para frente e criou o famoso “Galo Doido”, estava retrancado, não tinha a mesma cara de outrora. Na mudança, a diretoria agiu rápido e buscou Gabriel Milito na Argentina. Um mês depois, o hermano agrada a boa parte.

Gabriel Milito chegou e, dias depois, já teve uma decisão de Campeonato Mineiro pela frente. Mas, já no primeiro jogo, foi possível ver que seu estilo não seria nem de perto o jeito de Felipão jogar. Arana passou a ficar mais solto. Scarpa foi mandado para a esquerda. Zaracho passou a ser mais presente na armação de jogadas. O futebol da equipe cresceu.

Se, no primeiro duelo, contra o Cruzeiro, pelas finais do Campeonato Mineiro, o resultado foi um empate amargo, após iniciar a partida com a vantagem de dois gols, a partir do segundo jogo, o Galo passou a ter a intensidade que o treinador gosta.

No jogo seguinte já era a segunda partida das finais do Campeonato Mineiro. Aliás, foi neste jogo que o treinador mostrou seu lado “Galo Doido”. Isso porque o Cruzeiro saiu na frente. Milito, então, adotou a seguinte estratégia: todos vão para o ataque. Ele tirou um volante e um zagueiro e colocou dois atacantes. O Galo virou em 10 minutos. No fim das contas, levou o título de campeão mineiro para sua galeria.

Segundo tempo

Algo que chama atenção, no entanto, até agora são os segundos tempos do Atlético. Afinal, em oito jogos, o Galo sofreu oito gols. E todos eles no segundo tempo. É comum ver o time de Milito abrir o placar e ter atuação excelente na etapa inicial, mas perder rendimento na segunda parte do jogo.

Isso é considerado perigoso. Afinal, contra o Cruzeiro, na final do Campeonato Mineiro, o Galo quase se complicou. Contra o Criciúma, pelo Brasileirão, o time deixou o gramado com um empate e, diante do Peñarol, pela Copa Libertadores, o Galo abriu 3 a 0, mas quase sofreu o empate. Seria terrível.

“O Milito chegou para somar, está nos passando as informações dele muito claras, isso faz com que a gente chegue em cada jogo e imponha o nosso ritmo, imponha nossa prática, tudo aquilo que a gente fala no dia a dia. Acredito que está evoluindo muitos jogadores, quando o coletivo está muito forte, o individual acaba aparecendo de forma mais clara para todo mundo”, destacou o artilheiro do Galo na Copa Libertadores, Paulinho.

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Fonte: www.canalrural.com.br
O conteúdo acima foi originalmente publicado no CanalRural e indexado ao Alta Notícias

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