
A Renault mudou o foco na Índia. Agora a marca francesa pretende direcionar suas atenções para a venda de carros subcompactos, mas não todos. O objetivo é lucrar com SUV e mira no trio Kwid, Triber e Kiger.
A expectativa é que as vendas alcancem mais de 100 mil unidades em 2021, mas com o Kiger, espera dobrar isso e chegar a 200.000 em 2022. Ela cancelou o sedã subcompacto conhecido como LBA, que seria o sedã do Kwid, de modo a apostar no que os consumidores querem. Contudo, a Renault indiana reacende a questão dos lucros com carros pequenos.
Venkatram Mamillapalle, chefe da Renault Índia, disse: “Estamos na Índia há mais de 10 anos e não temos ganho dinheiro. Minha meta é obter lucro em 2022. Estamos caminhando na direção certa. Estamos no caminho certo com Kwid, Triber e Kiger e tenho certeza que devemos atingir um bom volume que deve nos ajudar significativamente”.
Embora seja uma marca popular, tendo produtos como o Duster e até alguns híbridos com a Nissan, a Renault não vê a cor do dinheiro há mais de uma década, desde quando chegou com Logan. Só há três anos colocou o Kwid no segmento sub-4m, mas ainda assim não viu lucro.
Com margem mais estreita por causa dos custos de produção, os carros pequenos não são bem vistos como fonte de renda para os fabricantes de veículos.
Introdução de tecnologias de segurança e redução de emissão, mais o custo crescente de insumos, peças e componentes, leva muitas marcas a cortar investimentos nesse segmento e até sair dele, como o caso da Ford no Brasil.
Na Índia, onde o segmento até 4 metros tem carga tributária de 29% para gasolina e 31% para diesel, nos limites de 1.2 e 1.5 litro, respectivamente, a coisa só pode ser contornada com grandes volumes.
Para a sorte de algumas marcas, produtos como Kia Sonet, Hyundai Venue e Nissan Magnite rapidamente arrebanham dezenas de milhares de interessados na Índia, compensando assim como os volumes.
Aqui, as margens dos carros pequenos também são muito baixas e os prejuízos, quando alegados pelas montadoras, são uma ideia da situação. Contudo, só volume não adianta por aqui.
A GM, líder a seis anos e com o Onix vendendo volumes maiores que a quarta marca mais vendida, não reporta lucro há bastante tempo… A questão tributária tem peso enorme, chegando a 54% em alguns casos e com média de 44%, segundo a Anfavea. Ou seja, fazer carros “baratos” está ficando cada vez mais difícil.
[Fonte: Economic Times]
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