2021 está sendo um ano de “impacto” para a Ford. A montadora encerra suas atividades produtivas no Brasil e cancela um acordo com a Mahindra na Índia, onde não se sabe qual será o futuro da marca.
Ao mesmo tempo, investe US$ 1 bilhão na África do Sul ppara fazer nova Ranger e Amarok. No entanto, cancela mais um acordo, desta vez com a chinesa Zotye.
O acordo, estabelecido em 2017, previa a produção de micro carros elétricos no mercado chinês, onde a SAIC-GM-Wuling provou ser um caminho interesse não só pela eletrificação, mas como forma de driblar as cópias e os veículos de baixa qualidade no país.
Contudo, a Ford deu uma explicação que revela que nem tudo são flores no mercado chinês. Maior do mundo, o país que consome 25 milhões de veículos por ano, tinha uma política de limitar o ingresso de capital estrangeiro na produção de carros em até 50%.
Entretanto, recentemente essa política mudou e agora pode haver capital 100% estrangeiro na produção, porém, a Ford alega que Pequim mudou as regras, mas não disse quais foram alteradas e, porque elas impedem o negócio.
A Ford disse apenas que negociações futuras podem levar a um “modelo de negócios mais flexível”. É muito estranha a posição da marca na China, uma vez que recentemente liberou o Mustang Mach-E para produção com a Changan.
Além disso, é provável que o crossover MEB da Ford acabe no mercado chinês com produção localizada. Em relação à política, a VW comprou metade da JAC e tem agora 75% da joint-venture com ela, enquanto a Tesla tem 100% do negócio local.
Outro ponto é que não se sabe como são as regras para baixo volume, o que pode indicar a desistência da Ford. O negócio era orçado em US$ 756 milhões entre as partes e agora a Zotye deve focar no mercado americano com a HAAH Automotive.
[Fonte: TTAC]
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