A Stellantis confirmou oficialmente que um novo carro será feito na planta de Porto Real-RJ, que está completando 20 anos de operação. Sem dar detalhes, além de dizer que a plataforma é a modular CMP< o que não tem mistério algum, a nova empresa celebra 1,7 milhão de veículos feitos e 2 milhões de motores produzidos em sua história.
Antônio Filosa, novo chefe da Stellantis para a região, diz: “Ao longo dessas duas décadas, a fábrica de Porto Real tem recebido investimentos constantes em processos e sistema de produção e no desenvolvimento de pessoas e talentos, a fim de levar o melhor em qualidade a seus consumidores”.
Ele acrescenta: “Além disso, com sua grande vocação exportadora, ela tem gerado importantes divisas para a região Sul Fluminense e para o País, sendo ainda um importante polo gerador de renda e de emprego para toda a cadeia automotiva local”.
Sobre o produto, Filosa não diz muito: “Desde 2019, foram investidos cerca de R$ 220 milhões na fábrica para a implementação de uma variante da nova plataforma global modular CMP, que dará origem a uma nova família de veículos”.
Bom, a Citroën vem testando o sucessor do C3 atual, um produto cujo projeto está em sinergia com a operação indiana que, coincidência ou não, iniciou-se nesta segunda (1) com o lançamento do Citroën C5 Aircross naquele país.
Aqui, sem C5 Aircross, a Citroën tem no momento os quase desaparecidos C3 e Aircross, assim como C4 Cactus, que puxa as vendas da marca parisiense, tal como as vans Jumpy e Jumper.
Para uma marca que precisa renovar rapidamente seu portfólio, o segundo semestre ainda parece longe para um Novo C3 Sporty, como andam chamando, ou mesmo um produto com nome novo.
O que se sabe é que será um crossover compacto, que já roda em testes no país, da mesma forma que na Índia, sendo exatamente o mesmo carro.
Com menos de 4 metros, o SUV terá um posicionamento abaixo do Cactus, mas provavelmente usando o mesmo motor 1.6 EC5M ou o 1.2 de três cilindros com até 90 cavalos.
Ainda que seja no segundo semestre, o novo Citroën pode inaugurar um subsegmento do mercado de SUVs para carros desse porte e com mecânica similar ou inferior aos compactos atuais.
Isso cortaria custo e manteria o preço abaixo dos players atuais, como o Cactus. A substituição de hatch por crossover parece agora a nova onda do mercado mundial, mas não uma surpresa, visto que há pelo menos cinco anos, já andamos falando disso.
Os consumidores que podem comprar um carro novo, se não forem emocionalmente ligados aos estilos de carroceria, como hatch ou sedã, facilmente trocariam estes dois por um SUV de mesmo valor. Nisso, a Citroën vai pelo caminho certo.
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