As peruas pequenas já não existem mais no Brasil. Na Europa, o destino das compactas também está ameaçado com a eletrificação e o domínio de crossovers e SUVs. Na Skoda, a terceira geração do Fabia ainda tem uma familiar de entrada, a Fabia Combi, mas ela sumirá sem deixar sucessora.
Ainda que a VW e a própria Skoda tivessem afirmado antes do lançamento da quarta geração do Fabia, que haveria uma continuação da Combi, agora sabe-se que não será assim. O novo hatch compacto, feito sobre a plataforma modular MQB-A0 deixará de ter a companhia da pequena perua tcheca.
Desistindo da perua, a Skoda pode estar colocando o Novo Fabia sob ameaça, uma vez que a Combi representa um terço das vendas do compacto na Europa. Sem uma nova Fabia Combi, o mercado europeu sofrerá um impacto importante no segmento de peruas.
Isso porque players importantes do segmento já se foram, como a Renault Clio Grandtour, por exemplo. Na VW, por exemplo, não há nenhuma perua abaixo da Golf Variant e a Seat não dispõe de algo semelhante. A Fiat ainda tem a Tipo Weekend, mas esta tem porte médio, apesar do preço. Também não deve ter sucessora.
Na romena Dacia, a perua Jogger tenta ser uma luz no fim do túnel para o segmento, mas será a única. Até mesmo na Rússia, teme-se que a Lada Vesta SW não siga na próxima geração do sedã compacto com a plataforma modular CMF-B. O mesmo deve acontecer com o Granta SW, um projeto bem antigo e que não deve ir muito além.
De volta à Skoda, outro argumento que embasa o fim da Fabia Combi é o temido Euro 7, que cortará muitos modelos e motores na Europa, com a redução drástica da emissão média de CO2. Os fabricantes reclamam que o corte será um duro golpe no setor, que acelera a eletrificação, porém, com a nova regra, o processo de mudança gradual e sustentável não ocorrerá.
[Fonte: Drive]
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