Em época de Covid-19, dengue continua causando mortes; casos aumentaram 158%

Mato Grosso registrou 46.388 casos de dengue, em 2020. Do total, 30.050 foram confirmados, sendo que 48 casos foram da forma mais grave da doença. A quantidade de notificações representa um aumento de 158,7% se comparado a 2019, quando foram contabilizados 17.932 casos.

Dezessete pessoas morreram em decorrência da doença e há outros três óbitos em investigação. Com esses números, o Estado encerrou o ano apresentando alto risco de contaminação pelo Aedes aegypti, mosquito que causa a dengue e também a zika e chikungunya.

No ano passado, a incidência estadual dos casos de dengue foi de 1387,0 caso por 100 mil habitantes.

Os municípios de Sinop e Rondonópolis apresentaram o maior número de casos, com 8625 e 2.293 registros respectivamente. Em Cuiabá, foram 937 casos e, em Várzea Grande, 318. Os óbitos foram registrados nos municípios em Brasnorte (1), Cáceres (1), Campo Novo do Parecis (1), Chapada dos Guimarães (2), Lucas do Rio Verde (1), Novo Mundo (1), Peixoto de Azevedo (1), Primavera do Leste (1), Rondonópolis (1), Sinop (4), União do Sul (1), Vera (1) e Várzea Grande (10).

Os demais em investigação foram em Alta Floresta (1), Carlinda (1) e Sinop (1). Já em relação à zika foram 800 notificações e da chikungunya 762 registros em nível estadual.

Em ambos tipos de infecção, o risco de propagação é considerado moderado. Contudo, boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (Ses-MT) aponta que 110 municípios têm alto riso para dengue, dois para zika e outros dois para chikungunya.

Vale lembrar que as chuvas e alta temperatura, como é o caso desta época do ano, favorecem o surgimento do Aedes.

Essa é uma preocupação que se renova a cada ano, mas que poderia ser minimizada se a população fizesse a sua parte e tivesse um maior controle sobre os criadouros do mosquito, uma forma eficaz de prevenção da doença.

A principal forma de evitar a transmissão das doenças é manter controle absoluto sobre os criadouros, como ralos, tanques, calhas, lajes, vasos e frascos com água. Estes são considerados locais propícios para a proliferação do vetor se não estiverem devidamente tampados ou cobertos.

Fonte: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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