Tite, Diniz e Coudet iniciam o Brasileirão pressionados; números e aspas

Tite, Diniz e Coudet iniciam o Brasileirão pressionadosFoto: Reprodução

Tite, do Flamengo, Fernando Diniz, do Fluminense, e Eduardo Coudet, do Inter, três dos principais técnicos do país iniciaram o Brasileirão 2024 de maneira decepcionante. Na última rodada, o Rubro-Negro foi derrotado por 2 a 0 no clássico contra o Botafogo, enquanto o Tricolor perdeu por 3 a 0 para o Corinthians, em São Paulo. Já o Colorado empatou em 1 a 1 com o Atlético-GO e o técnico argentino reclamou dos insultos que recebeu.

Com os resultados, Flamengo e Inter estão com 7 pontos, agora fora do G4, enquanto o Fluminense permaneceu com 4 pontos, em 15º, perto da zona de rebaixamento (clique e confira a classificação completa da Série A).

O caso de Tite chama mais atenção, pois o Flamengo abriu o torneio em cenário otimista – foi campeão carioca com sobras, com apenas um gol sofrido em toda a campanha. No Brasileirão, o time também largou bem, com triunfos sobre Atlético-GO e São Paulo. No entanto, veio uma sequência negativa (empate com o Palmeiras e derrota para o Bolívar pela Libertadores). Em ambos os jogos, Tite poupou titulares e alegou que precisava preservar parte do elenco da dura sequência no calendário.

Vasco demite Ramón Díaz: os técnicos que estão livres no mercado

A defesa, tão confiável no Estadual, passou a fraquejar: levou quatro gols no Brasileirão, mesmo número de tentos marcados. Na derrota para o Botafogo, técnico e jogadores receberam algumas vaias. Na entrevista após a partida, Tite disse que é momento do time “dar um passo para trás e procura simplificar para retomar o caminho das vitórias”.

“Quando a gente faz o trabalho, a gente olha de forma linear e ele sobe. Em alguns momento, vai descer e perder confiança. Mas também tenho experiência que no momento que aprender com a adversidade, o trabalho é retomado mais forte. É a gente trabalhando e transformando desempenho em resultado. Ficando quieto e trabalhando mais, com maior qualificação e eficiência”, completou o técnico gaúcho que dirigiu o Brasil nas Copas de 2018 e 2022.

Fernando Diniz é hoje quem enfrenta as contestações mais longevas. Desde o inédito título da Libertadores de 2023, o Fluminense não consegue repetir uma boa sequência de atuações e vitórias. No Estadual, foi facilmente eliminado pelo Flamengo na semifinal. E no Brasileiro o time soma duas derrotas, um empate e apenas um triunfo, com 5 gols marcados e 3 sofridos. O time, que sofre com a alta média de idade, sofreu desfalques importantes dos mais jovens, como o lesionado André, e John Kennedy, afastado por indisciplina.

Diniz admitiu o mau momento após a partida na Neo Química Arena. “Em relação a recalcular a rota, não sei se é essa palavra exata, mas a gente está tentando ajustar isso não é de hoje. A gente está tentando se encontrar na temporada de uma maneira mais consistente desde que a gente voltou em janeiro. Não é por conta do jogo de hoje, por conta do ano que a gente está fazendo que está abaixo. Tanto em termos de resultado como em termos de performance. E tirando a semana que a gente decidiu a Recopa, a gente está jogando abaixo, jogando abaixo em rendimento e em resultado.”

Já no Inter, ao invés de adotar tom apaziguador, o argentino Eduardo “Chacho” Coudet deixou o ambiente ainda mais turbulento ao criticar as vaias e ofensas da torcida contra ele próprio e os atletas. Pesa contra o técnico a eliminação precoce no Campeonato Gaúcho, na semifinal diante do Juventude – o rival Grêmio conquistou o heptacampeonato.

“Entendo toda ilusão que temos ainda, mas estávamos a um gol de ficar em primeiro na tabela, fazendo um grande esforço. Falo do clima enraivecido. Não há paciência de fora. Muito insulto, entende? Pelo menos para mim atrás do banco desde o primeiro minuto. Falo enraivecido porque às vezes tem que viver situações difíceis quanto ao resultado. Não sei se estamos pagando a eliminação no estadual, não sei se a imprensa local me pega o tempo todo e talvez tenha razão. Quem sabe o problema sou eu”, afirmou.

“Me dá tristeza porque eu escolhi estar aqui hoje, renovar tendo outras situações. Escolhi porque é um desafio sair campeão com o Inter. E uma das grandes coisas que o Inter pode ser campeão é por sua gente. Nesse clima não vai ser campeão nem comigo, nem com o Guardiola. Porque é impossível ser campeão com esse clima. É o que falei na outra entrevista: ou é campeão ou uma merda…”, prosseguiu.

O Inter é o sexto colocado do Brasileirão, com 7 pontos (duas vitórias, um empate e uma derrota), com quatro gols marcados e três sofridos nas quatro primeiras rodadas.

Para fazer parte da nossa comunidade, acompanhe a Placar nas mídias sociais.

Fonte: www.canalrural.com.br
O conteúdo acima foi originalmente publicado no CanalRural e indexado ao Alta Notícias

COMPARTILHE!