A primeira etapa da temporada 2024 do Challenger Series, divisão de acesso da World Surf League (WSL), está sendo disputada na Gold Coast, Austrália. Na terceira bateria do round de 32 masculino, Nat Young foi eliminado em último lugar contra outros três atletas. O que mais chamou a atenção no dia, porém, foi um grave erro dos juízes. A liga, inclusive, tem se envolvido em muitas polêmicas de julgamento no Championship Tour, considerada como a primeira divisão do surfe profissional, mas sequer tem dado as caras para explicar suas decisões.
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Dessa vez, Nat Young surfou uma onda faltando cerca de um minuto para o término da bateria. Naquele momento, ele estava na segunda colocação, mas a WSL não havia divulgado todas as notas dos atletas. O americano recebeu aplausos do público que estava na areia após a conclusão de suas manobras. A nota 4.03 causou choque tanto para o surfista como para quem assistia o evento. Mais do que isso, diversos atletas profissionais comentaram sobre o caso em uma postagem de Young nas redes sociais.
Entre eles, Yago Dora e Miguel Pupo contestaram o julgamento da WSL. Além da dupla brasileira, o italiano Leonardo Fioravanti, os australianos Adrian Buchan e Jack Freestone e o americano campeão mundial C.J. Hobgood deram suas opiniões sobre o caso. Por fim, Gabriel Medina, que está sendo constantemente prejudicado pela organização de surfe, comentou: “Eu sinto (muito) por você, Nat.”
Foi só depois da repercussão negativa que a WSL publicou uma nota de esclarecimento.
–O Head Judge e Nat (Young) se encontraram para uma revisão da bateria e assistiram a todas as ondas de Nat, Mikey e Charly.
Foi reconhecido e admitido que o 4.03 de Nat foi, de fato, subvalorizado e a onda deveria ter sido pontuada na faixa de 5 ou 6 pontos.
Mesmo que não fosse o 7.21 que Nat precisava para avançar para uma posição melhor, ainda queríamos reconhecer o erro”, escreveu a liga nas redes sociais. – Declarou a liga.
A dúvida que fica no mundo do surfe é porque a WSL se escondeu das polêmicas envolvendo o nome de Medina. O tri campeão mundial cobrou explicações de suas baterias no início de 2024, mas foi sonoramente ignorado pela liga. Assim como neste caso de Young, surfistas criticaram a federação por conta dos erros que prejudicaram Gabriel, mas nem isso foi suficiente para uma explicação pública da liga.
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Nesse sentido, a própria WSL abre precedentes para uma possível acusação de favorecimento para algumas nações, o que, caso comprovado, se tornaria extremamente problemático. Para lidar com as críticas, a liga deveria prestar mais atenção ao que os fãs estão comentando, pois a incapacidade de julgar corretamente as ondas está passando a irritar também os competidores do surfe.
Fonte: www.canalrural.com.br
O conteúdo acima foi originalmente publicado no CanalRural e indexado ao Alta Notícias