Doença do carrapato: Caso suspeito de febre maculosa é investigado em Alta Floresta

Cinco casos suspeitos de febre maculosa foram registrados em Mato Grosso entre janeiro e 14 de junho deste ano, de acordo com um informe divulgado pela Secretaria Adjunta de Atenção e Vigilância em Saúde. Dois casos foram descartados, enquanto os outros três estão sendo investigados. As suspeitas foram relatadas em Alta Floresta (1), Acorizal (1), Barra do Garças (2) e Querência (1).

A febre maculosa é uma doença infecciosa causada pelas bactérias Rickettsia rickettsii e Rickettsia parkeri, transmitida principalmente pela picada dos carrapatos Amblyomma cajennense e Amblyomma sculptum, também conhecidos como carrapatos estrela. Esses carrapatos são comuns em áreas rurais e silvestres e costumam fixar-se em animais como cavalos, vacas, capivaras e gambás, que servem como hospedeiros naturais das bactérias.

Os sintomas da febre maculosa em seres humanos podem incluir febre, dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, dor muscular constante e manchas vermelhas pelo corpo. No entanto, esses sintomas são semelhantes aos de outras doenças transmitidas por carrapatos, o que torna necessário investigar os casos suspeitos.

O diagnóstico da febre maculosa é desafiador, especialmente nos primeiros dias da doença, quando os sintomas podem se assemelhar a outras condições, como leptospirose, dengue, hepatite viral, salmonelose, meningoencefalite, malária e pneumonia causada por Mycoplasma pneumoniae.

O tratamento adequado e oportuno com antibióticos são altamente eficazes no combate à febre maculosa. A doxiciclina é o medicamento de escolha e, quando administrada precocemente, resulta na redução da febre dentro de 24 a 72 horas. O tratamento geralmente dura 7 dias, podendo ser interrompido após 48 a 72 horas na ausência de febre e com avaliação médica. O cloranfenicol é considerado uma segunda opção, a ser utilizado caso a doxiciclina não esteja disponível ou haja intolerância ao medicamento.

Fonte: Alta Notícias

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