Cobra mais venenosa do país é capturada em residência de Alta Floresta

No dia 25/03/2023, a Central de Registros de Ocorrências da 7ª Companhia Independente do Corpo de Bombeiros Militar recebeu uma chamada da Rua NWH, no bairro Jardim Guaraná I, em Alta Floresta, informando que uma cobra coral verdadeira estava na sala de uma casa. O militar que foi até o local encontrou a cobra de cerca de 60 centímetros no piso da sala e a capturou facilmente. A cobra, da espécie Micrurus surinamensis, foi levada para a Companhia de Bombeiros e posteriormente repassada para o Departamento de Ciências Biológicas do campus da Unemat de Alta Floresta, para catalogação e soltura em um ambiente adequado à sua sobrevivência.

A moradora foi orientada sobre a importância de manter o quintal limpo para facilitar a visualização desses animais, já que seu quintal tinha grama alta e um pouco de mato, além de algumas sobras de materiais de construção empilhados. Ela também colocou vedação de pano na parte inferior das portas de vidro, uma medida importante, pois a cobra coral capturada, por ser pequena, poderia entrar na casa por uma pequena fresta na parte inferior de uma porta.

A moradora informou ao Corpo de Bombeiros que era uma cobra coral verdadeira, depois de enviar uma foto da cobra a um professor especialista da Unemat, que informou se tratar dessa espécie. A Micrurus surinamensis é encontrada nas regiões do bioma amazônico, podendo também ser vista no Cerrado, e é uma das serpentes brasileiras do gênero Micrurus (corais verdadeiras). Uma de suas características mais distintas é que ela é semi-aquática e passa parte do dia em ambientes aquáticos.

O Ministério da Saúde classifica as cobras ou serpentes mais venenosas do Brasil, mas é um assunto complexo que exige conhecimentos específicos. O nome dado aos acidentes envolvendo serpentes é ofidismo e geralmente ocorre quando a pessoa não vê a serpente e involuntariamente pisa ou toca nela. As jararacas são responsáveis por 70% dos acidentes no Brasil, seguidas pelas cascavéis (cerca de 9%) e pelas surucucus (1,5%). As corais verdadeiras têm menos de 1% dos registros de acidentes. Grande parte desses acidentes ocorre em grupos de maior risco, como trabalhadores rurais e populações indígenas. O uso de equipamentos de proteção individual é fundamental para prevenir esse tipo de acidente.

Fonte: Alta Notícias

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