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A Renault continua sua luta para não ficar no prejuízo na Rússia. Com embargos contra o país aumentando a cada nova ação dos russos na invasão da Ucrânia, a marca francesa continua a negociar.
Segundo Thierry Pieton, chefe de operações da Renault na Rússia, o grupo europeu está “fazendo progressos” em conversas com Moscou.
No mês passado, a Renault fechou a fábrica de Moscou após reiniciar a produção e ter sido reprovada publicamente pelo governo ucraniano, que pediu um boicote internacional ao fabricante francês.
Além da operação moscovita, a Renault detém 68% da AvtoVAZ, principal fabricante de veículos da Rússia e o mais popular do mercado local.
Com a operação local representando 10% do total do grupo Renault no mundo, a empresa reduziu a previsão de lucros para 2022 de 4% para 3%.
Isso diante da possibilidade real de ter um prejuízo de pelo menos € 2,2 bilhões com uma eventual nacionalização de seus ativos na Rússia.
Pouco se sabe sobre a disposição de Moscou de nacionalizar os ativos da Renault, como prometeu fazer com todas as empresas do setor.
Como todas as estrangeiras de países que estão boicotando comercialmente a Rússia, já saíram do mercado local, fica difícil prever o que de fato irá acontecer com as fábricas, hoje paralisadas por falta de peças.
Mesmo com sócios russos, como a Rostec, que tem negócios com a Renault referentes à AvtoVAZ, a empresa não pode vender seus ativos sem que seja em rublos.
Como não é possível enviar esse dinheiro para fora, a Renault continuaria sem dispor do montante.
De qualquer forma, EUA e União Europeia impedem que haja negociação para venda desses ativos, caso contrário, o valor em rublos poderia pagar por petróleo e gás, que a Renault poderia revender no continente.
Até agora, essas commodities são as únicas que o Ocidente ainda permite negociar com a Rússia. Enquanto isso, a AvtoVAZ deverá nacionalizar alguns modelos, mas simplificados ao extremo para continuar vendendo.
[Fonte: ANE]
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