VW transferirá produção da Europa para América e China

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Como fez um monarca europeu há mais de 200 anos, a Volkswagen olha para outro continente, ou melhor, outros, como salvação diante de uma guerra.

Longe de trasladar a capital do grupo para fora de seu país, como fez o tal soberano, a montadora europeia alivia a pressão do conflito na Ucrânia para manter o ritmo de produção.

Sem cabeamento para seus carros elétricos, assim como níquel para uso nas baterias, a VW decidiu transferir para as operações americanas e chinesas parte da produção europeia.

O movimento é visto como inédito no cenário europeu, mas parece ser a saída que a Volkswagen encontrou para contornar a escassez de peças e componentes, devido à guerra.

Rússia e Ucrânia são fornecedores essenciais para a indústria automotiva europeia e a marca alemã é uma das mais afetadas com isso.

Tanto é que as vendas de carros híbridos plug-in foram suspensas pela VW e a produção de carros elétricos foi duramente afetada.

Não especificando exatamente quais plantas serão favorecidas com a mudança, a VW quer parte da produção na América do Norte e também na China.

Na primeira região, Chattanooga, no estado americano do Tennessee, já produz carros elétricos, mas a maior fábrica fica em Puebla, no México.

Já na China, a VW tem quatro plantas para carros elétricos, sem contar a JAC Motors. Assim, acredita-se que o grosso da mudança será direcionada para este país.

Como a previsão é de que as consequências desse conflito terão efeito por muitos anos, alguns analistas de mercado acreditam que a VW está trocando uma guerra por outra.

Nesse caso, ao depositar a maior parte das fichas na China, com pretensões territoriais em Taiwan. O país vê agora como Ocidente e aliados podem lidar com a situação.

Mesmo agora, a China já está sendo associada com a Rússia e existe o temor de sanções em caso de envolvimento direto no conflito.

Isso tudo bem antes de iniciar sua provável ofensiva militar contra a ilha de Formosa. Um bloqueio chinês significaria um golpe sem precedentes na indústria automotiva mundial. Na verdade, para toda a economia global.

[Fonte: Auto Forum]

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