O governo russo se manifestou após o imbróglio da operação da fábrica da Renault em Moscou. O Kremlin indiciou que até o final desta semana, decidirá sobre o futuro da planta da marca francesa no país.
Como se sabe, na segunda (21), a Renault havia retomado a produção em sua fábrica da Avtoframos, que fica na capital russa, onde fabrica os modelos Arkana, Duster e Kaptur, além do Nissan Terrano (Duster).
No entanto, na quarta-feira (23), o governo da Ucrânia, invadida pelos russos, pediu um boicote internacional à Renault, com pesadas críticas ao fabricante francês, que teve apoio de Paris para retomar a operação.
Assim, horas após o pronunciamento da chancelaria ucraniana, a Renault suspendeu a produção em Moscou, temendo consequências internacionais às suas operações.
Agora, o governo russo disse o seguinte: “O Ministério da Indústria e Comércio discutirá as perspectivas de desenvolver a fábrica da Renault Rússia com o governo de Moscou”.
O Kremlin completou: “As soluções conjuntas serão anunciadas até o final da próxima semana. O Ministério da Indústria e Comércio está em contato constante com a administração da Avtovaz e do Grupo Renault.”
Pelo tom da conversa do governo russo, a Renault não deve ter muitas esperanças para retomar o negócio, uma vez que Moscou já anunciou que nacionalizará operações industriais do setor automotivo que não estejam produzindo.
Mesmo tendo 67,61% da Lada Holding, a Renault ainda é uma empresa estrangeira em solo russo e não deve ter tratamento diferenciado, o que ainda complicaria sua situação diante das demais.
Na AvtoVAZ, as autoridades locais falaram que: “foram tomadas todas as medidas possíveis para garantir a preservação dos postos de trabalho dos efetivos”.
Em Tolyatti e Izhevsk, a semana de trabalho foi reduzida para quatro dias por falta de peças e componentes para produção de veículos e este seria o fator que tornam as operações ociosas no momento.
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