A Renault está em uma situação bem difícil com a Guerra na Ucrânia. Após o início das hostilidades russas, as atividades da AvtoVAZ foram suspensas parcialmente, apenas com Niva e Granta sendo feitos.
Dona de 75% da AvtoVAZ, a Renault voltou a operar na Rússia, que está sob embargo dos EUA, União Europeia e aliados, porém, teve apoio do governo francês para reinicializar a fabricação de carros.
Lutando com todas as forças que tem e usando todas as armas que possam servir, a Ucrânia pediu um embargo internacional contra a Renault.
Dmytro Kuleba, Chanceler da Ucrânia, pediu à comunidade internacional um boicote mundial à companhia francesa.
Kuleba disse: “A Renault se recusa a sair da Rússia. Não que deva surpreender alguém quando a Renault apoia uma guerra brutal de agressão na Europa. Mas, os erros devem vir com um preço, especialmente quando repetidos”.
Horas após a declaração da chancelaria ucraniana, a Renault enviou um comunicado global em inglês e hoje (24) em português, anunciando a suspensão das atividades na Rússia.
Em nota, a Renault disse:
- As operações da fábrica da Renault de Moscou estão suspensas a partir de hoje.
- O Grupo está avaliando possíveis opções em relação à sua participação na empresa AVTOVAZ, ao mesmo tempo em que age de forma responsável em relação aos seus 45.000 funcionários na Rússia.
Nesse cenário, a Renault está numa situação difícil e flertou com o perigo ao retomar sua operação de Moscou.
De um lado, a Rússia é o segundo maior mercado da montadora após a França e por lá a Lada é a marca mais popular do país.
Com operações em Tolyatti e Izhevsk, a AvtoVAZ se tornou um grande problema para a Renault, porém, a questão aqui não é a Lada, já que a unidade de Moscou não é propriamente da AvtoVAZ.
Ela chama Avtoframos, estabelecida pela Renault em 1998 para produzir carros de sua própria marca.
Então, a questão envolve diretamente a Renault, que não deve sofrer boicote enquanto seguir as sanções.
Já em relação à AvtoVAZ, a Renault não tem muitas alternativas no cenário atualmente.
Como o petróleo e o gás são commodities que a União Europeia ainda compra da Rússia, uma alternativa seria trocar seus ativos no país por estas fontes de energia através do governo francês.
Dessa forma, a Renault sairia da Rússia sem um prejuízo maior, redirecionando suas atividades perdidas para outras regiões do globo.
[Fonte: Renault/Infomoney]
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