Luca de Meo, CEO da Renault, alertou que a saída da montadora da Rússia trará uma “situação muito complexa” para a empresa.
O motivo é que a Rússia é o segundo maior mercado da Renault fora da França e a perda da empresa em vendas e lucros será altíssima.
Meo falou em anos de recuperação apenas desta saída da Rússia, que já prometeu nacionalizar ativos de empresas do setor automotivo que não estejam produzindo.
Com a suspensão das atividades na Rússia, a Renault cortou a previsão de lucro operacional e fluxo de caixa em € 2,2 bilhões.
Num momento de reestruturação de suas operações globais, visando reduzir custos a longo prazo, a Renault se encontra num momento difícil, onde a nacionalização russa traria enorme prejuízo.
Ampliando a sinergia das filiais com a plataforma CMF e outras ações relacionadas com a Nissan, inclusive com cinco produtos novos para o Brasil (apenas da Renault), a empresa seguia bem até a guerra.
O Ministério da Indústria e Comércio da Rússia que até este fim de semana resolveria a questão da Avtoframos, o nome da operação da Renault em Moscou.
Enquanto sua fábrica própria está em risco no país, a Renault mantém o controle da AvtoVAZ, que produz apenas os modelos Granta e Niva com peças e componentes localizados.
Não se sabe exatamente como estes carros – mais no caso do Granta – estão saindo da fábrica para o mercado, devido à escassez de peças e componentes no país.
Stellantis
Enquanto a Renault fica de portas fechadas em Moscou, na região de Kaluga, a Stellantis mantém a produção de vans e comerciais leves.
No entanto, Carlos Tavares, CEO do grupo, anunciou que pode transferir a produção da Rússia para França ou Inglaterra, porém, as vendas locais se perderiam.
A unidade continua a produzir, mas em baixo volume devido à falta de peças e componentes.
No setor automotivo, a nacionalização de ativos estrangeiros na Rússia será de bilhões de euros e o impacto durará por muitos anos.
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