A Alpina sempre foi uma customizadora independente da BMW, ainda que tenha uma relação muito íntima, digamos assim, com o fabricante da Baviera.
Seus carros “B”, por exemplo, são produzidos diferenciadamente na fábrica de Dingolfing, na Alemanha, de onde saem incompletos exatamente para serem modificados pela Alpina.
Após mais de 60 anos de relacionamento, a Alpina concordou em fazer parte do grupo BMW, mas isso só acontecerá a partir de 2026.
O interesse da BMW na Alpina tem relação com a eletrificação, a mesma razão que leva a Alpina para suas mãos.
Sua condição de customizador está levando a empresa a custos cada vez mais elevados.
Assim, com a eletrificação, a Alpina terá mais dificuldades em manter seu ritmo de produção com os carros cada vez mais complexos.
Atualmente, a Alpina faz cerca de 2.000 carros da BMW por ano, devidamente preparados.
Isso é muito pouco para a Alpina manter sua operação rentável diante de baterias de lítio, motores elétricos e softwares cada vez mais sofisticados.
Ainda que não seja uma AMG, dado estar no mesmo nível de customizadores como Abt (Audi), Brabus (Mercedes-Benz), Irmscher (Opel), Oettinger (Volkswagen) e RUF (Porsche), a Alpina subirá no status.
Na BMW, a Alpina poderá ampliar em muito seu alcance global, sendo levada pela Bayerische Motoren Werk até terras distantes, como o Brasil.
Nesse e em outros casos, como a China, a Alpina sob controle da BMW poderá trazer uma customização oficial e distinta dos esportivos da BMW M, enriquecendo o portfólio da marca alemã.
Isso também abrirá as portas para que clientes da BMW possam dispor de um carro diferenciado com todo o suporte da marca.
Ainda que a missão pareça ir de encontro aos interesses da divisão M, a Alpina poderá acrescentar um padrão mais luxuoso e se diferenciar da proposta esportiva da M, garantindo sua sobrevivência no grupo.
[Fonte: Diário Motor]
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