SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em sua campanha para vacinar crianças de 5 a 11 anos contra Covid-19, o estado de São Paulo pretende priorizar menores indígenas e quilombolas e, também, aqueles com deficiência e com comorbidades.
A previsão da administração estadual é que 250 mil crianças sejam imunizadas por dia.
A Secretaria de Estado da Saúde não informou se as idades serão escalonadas, se será necessário apresentar um atestado médico para comprovar comorbidades e quais são elas.
Além dos postos de vacinação, a nova etapa da campanha contará com a imunização de crianças em escolas públicas estaduais. Ao menos 225 instituições foram cadastradas pelo governo.
As carteirinhas direcionadas a esse público já foram produzidas.
O governo aguarda o envio das doses pelo Ministério da Saúde para dar início à campanha. Assim que entregue, poderá ser iniciada no dia seguinte.
A administração estadual tem ainda a expectativa da aprovação do uso emergencial da Coronavac para crianças. Isso permitiria o uso imediato do uso de 12 milhões de doses, disse Doria em entrevista coletiva nesta quarta (5).
O pedido à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), feito no mês passado, é para que o imunizante possa ser aplicado em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos.
Já a Prefeitura de São Paulo afirmou em nota, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, que aguarda diretrizes do Ministério da Saúde para a aplicação das vacinas, bem como o recebimento das doses pelo PNI (Plano Nacional de Imunização) e PEI (Plano Estadual de Imunização).
A previsão do governo federal é que as vacinas da Pfizer direcionadas ao público infantil cheguem na próxima semana, mas precisam passar por um processo de segurança antes de serem distribuídas.
O ministro Marcelo Queiroga disse na última segunda (3) que as doses devem ser direcionadas aos estados na segunda quinzena de janeiro, mas não confirmou o volume a ser entregue.
A pasta deve receber até março ao menos 20 milhões de doses pediátricas da Pfizer contra a Covid-19, suficientes para imunizar cerca de metade da população de crianças de 5 a 11 anos.
Os imunizantes serão entregues por meio de contrato do governo para receber 100 milhões de vacinas da Pfizer em 2022, que pode ser ampliado a 150 milhões de unidades.
O ministério planejava estabelecer a exigência de prescrição médica para vacinar crianças. Porém, a pasta recuou após consulta pública em que a maioria dos ouvidos se mostrou contrária à medida. Cerca de 100 mil pessoas se manifestaram.
A Anvisa aprovou o uso da vacina da Pfizer no grupo de 5 a 11 anos em 16 de dezembro.
Após a decisão da agência, o presidente Bolsonaro abriu uma campanha para desestimular a vacinação das crianças. Queiroga decidiu, então, colocar o tema em consulta pública.
Segundo Eduardo Ribeiro, secretário executivo da Saúde de São Paulo, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (5), a estrutura do estado está pronta para a vacinação desta faixa etária desde a aprovação do imunizante pela Anvisa.
O secretário afirmou que a rapidez na campanha é fundamental, visto que já foram registrados mais de 2.500 casos graves em crianças, das quais 93 morreram.
“Contamos com 4,5 milhões seringas e agulhas para todos os 645 municípios, lembrando que esta é uma seringa e agulha específica para este público infantil”, disse.
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