A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (16), em dois turnos, a proposta de emenda à Constituição que prevê a não incidência do IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana) sobre templos religioso de qualquer culto, ainda que os imóveis sejam alugados. O texto tramita desde 2016, quando foi aprovado em dois turnos pelo Senado, e é uma demanda antiga da Frente Parlamentar Evangélica.
O placar foi de 393 votos a 37 no primeiro turno. Em seguida, os deputados aprovaram simbolicamente a quebra de interstício e a votação em segundo turno teve placar de 376 votos sim e 30 não.
Apesar da Constituição prever isenção tributária a templos, muitos municípios cobram IPTU dos imóveis alugados, o que gera judicialização. Por não haver alterações do texto aprovado pelo Senado, de autoria do senador Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), o texto vai à promulgação.
A proposta foi à votação na última sessão plenária do ano após requerimento de inclusão de pauta aprovado na última quarta-feira (15). Durante a votação, o relator, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), defendeu o parecer, alegando que se trata de reafirmar a Constituição.
“Essa PEC é a tradução da decisão do STF, que diz que ainda que a igreja não seja proprietária [do imóvel] há imunidade em relação ao pagamento do IPTU. É importante reafirmar o que diz a Constituição sobre a imunidade tributária das igrejas. Vejo falsa polêmica sobre o assunto e acredito em ampla maioria para aprovar algo que já é tendência na Justiça.”
A deputada Rosângela Gomes (Republicanos-RJ) pediu votos e agradeceu aos deputados dizendo que foi na igreja que encontrou uma saída após tentativa de suicídio e de conviver com pais alcoólatras.
Fonte: Mariana Londres, do R7, em Brasília