A crise do chip levou a GM a despencar em vendas no Brasil e até em automóveis, perdeu para a Caoa Chery recentemente. Da terceira para a sétima posição, a queda do gigante do ABC nem se compara com a da matriz em Detroit.
Por lá, a General Motors bateu em um nível de vendas no último trimestre comparável ao de 1958. Desde a época dos dinossáuricos V8 com rabo-de-peixe, as vendas da empresa – que um dia foi a maior do mundo (sem a famosa narração brasileira…) – não ficaram tão em baixa por lá.
Foram 446.997 veículos entregues no mercado americano nesse período, sendo 218.195 a menos que o resultado de 2020, assim como 291.641 em relação a 2019. Por volume, é o menor desde o ano citado, deixando a GM numa posição onde não será mais possível liderar o mercado americano, o que faz desde 1931!
No mercado atual, a GM está 80.000 carros atrás da Toyota e sem chances de alcançar Ford e Stellantis em 2021. No ano passado, a montador parou algumas fábricas por causa da Covid, mas conseguiu manter-se em um bom nível.
Contudo, a crise dos chips afetou a empresa fortemente em 2021, mas a pá de cal nas vendas foi a pandemia tomar conta da Malásia, de onde chegam boa parte das semicondutores da GM. Isso fez com que seu parque automotivo nos EUA chegasse a um nível muito baixo de atividade.
Ainda que os números não favoreçam a GM como um todo, as finanças não seguem o mesmo ritmo. Assim como outros fabricantes, a GM simplesmente direcionou os semicondutores para os produtos de maior valor agregado e as picapes saíram na frente, logicamente.
Com os preços crescentes nos últimos anos, as picapes ampliaram suas margens, seguidas dos SUVs. Nisso, a GM aproveitou para reduzir ou eliminar os modelos não rentáveis, ao mesmo tempo em que foca na eletrificação como um meio de agregar valor a produtos futuros de alta demanda.
[Fonte: The Drive]
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