Os SUVs estão dominando o mercado nacional. A febre mundial dos utilitários esportivos os colocam agora no topo dos segmentos de mercado no Brasil também e já com 31,7% das vendas em 2021, segundo apurado de janeiro a julho.
Segundo a Fenabrave, o segmento tem 370,5 mil emplacamentos, enquanto os hatches somam 357,9 mil. Com os médios, acrescenta-se aí mais 1,4 mil. Os sedãs acumulam 177,4 mil.
Mas, se hoje eles já lideram, em 2025, a previsão é que ter quase metade do mercado. Para a consultoria KPMG, daqui a quatro anos, os SUVs terão 46,3% das vendas no Brasil.
A previsão não só mostra como o SUV terá participação ativa no mercado brasileiro, substituindo em definitivo a influência dos hatches populares, mas também colocará o Brasil em posição de destaque nesse segmento.
A média de market share dos SUVs para 2025 no Brasil, só é menor que a dos EUA, onde a previsão é de 56,9% das vendas, superando as picapes.
Na lista, o Reino Unido aparece com 46,2%, seguido de China com 43,2%, França registrando 42,1%, Índia somando 34,9% e Japão com meros 21,7%. Cada um desses mercados expõe suas características.
Brasil, Reino Unido e França possuem grande influência dos hatches. A China é impactada pelos sedãs, enquanto a Índia tem mescla dos dois, mas abaixo de 4 metros. No Japão, o espaço limitado dá o trono aos kei cars.
Ricardo Bacellar, responsável pela área automotiva da KPMG do Brasil, disse: “Tudo indica que o Brasil vai ser o país dos SUVs”. Ainda assim, ele acredita que parte dos consumidores procurará outro segmento por gosto pessoal ou preço, dado que os utilitários esportivos são mais caros.
Ainda assim, algumas marcas poderão ir direto ao ponto, eliminando modelos hatches da linha de entrada, no caso da questão ser o preço. Esse será o caso da Volkswagen, mas a Citroën adiantará o negócio a partir de setembro.
A ideia de um SUV no lugar do hatch até foi proposta pela Renault com o Kwid, mas não convenceu. Ele ainda é um hatch. Mas, a tendência pode se acentuar quando um dos fabricantes adicionar um motor 1.0 aspirado e reduzir o conteúdo num utilitário esportivo pequeno.
O “SUV popular” pode seguir os passos da Índia e eliminar de vez o hatch na gama de algumas marcas, induzindo o consumidor a ter que comprar o utilitário esportivo ou gastar mais em hatches e sedãs compactos mais caros.
Com a atual vontade do consumidor em aderir ao SUV, a questão do desempenho pode ficar de lado se a ideia é ter um modelo alto, com suspensão elevada e formas robustas.
[Fonte: Estadão]
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