RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – O placar de 2 a 2 com a LDU (EQU) nesta quarta-feira (19) classificou o Flamengo para as oitavas de final da Libertadores, mas ficou longe de levar calmaria à Gávea.
A recente sequência de empates -que tem ainda os jogos contra o Unión La Calera (CHI) e Fluminense- e as mudanças no time titular para o confronto com os equatorianos voltaram a despertar muitas críticas ao técnico Rogério Ceni de torcedores.
Minutos após o apito final, inclusive, um muro do CT Ninho do Urubu foi pichado com “Ceni burro” e “zaga m….”. Nas redes sociais, foram inúmeros protestos e até mesmo pedidos pela saída do comandante que ganhou o título brasileiro em fevereiro.
Em pouco mais de cinco meses de Flamengo, Ceni ainda tenta cair nas graças dos torcedores, mas o time volta a patinar, tomando muitos gols. Houve, inclusive, quem lembrasse a situação de Abel Braga, quando, em 2019, sob forte pressão, pediu demissão após o título do Carioca e a classificação na Libertadores.
Um dos fatores para esta turbulência atual é o setor defensivo, principalmente nas bolas áreas. Apesar das modificações e testes, a ausência de respostas positivas se tornam mais um obstáculo para que o rumo possa mudar.
No sábado (22), contra o Fluminense, Ceni terá o segundo jogo da final do Campeonato Carioca, mais uma prova de fogo à frente da equipe. A conquista da taça pode amenizar o clima tenso e retomar um pouco de tranquilidade para o trabalho.
Há a expectativa pelo retorno do goleiro Diego Alves, que trata de uma fibrose na coxa direita, e do zagueiro Rodrigo Caio, poupado do confronto com a LDU. Apontados como líderes do elenco, eles podem ajudar tanto dentro quanto fora das quatro linhas.
Ceni também espera contar com a permanência do volante Gerson, hoje alvo do Olympique de Marselha (FRA). O treinador ainda disse viver a expectativa de que cheguem reforços no clube -para a temporada 2021, o Flamengo acertou apenas com o zagueiro Bruno Viana.
“Quero muito que ele fique, é uma peça importante. Entendo todas as necessidades que a direção tem, mas, desde que chegamos aqui, não tivemos contratações. Então, a manutenção do Gerson é importante se tivermos o desejo de sermos campeões. Agora, não sou eu quem paga as contas, não entro nesse mérito, minha questão é dentro do campo.”
“No meu interesse, [é necessária] não só a manutenção do Gerson, mas a chegada de mais dois ou três jogadores, algo que estamos debatendo há muito tempo”, resumiu o treinador em coletiva de imprensa.
“É um momento de pandemia, de crise, de dificuldade, clube faz de tudo para manter tudo em dia, e essa parte eu não entro. Mas o Gerson é muito importante. Tenho falado sempre com ele, está com a cabeça boa, super feliz de estar aqui. Não sei qual vai ser o final da negociação, mas, pela qualidade dele, se sair, fará falta.”
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