Por reconhecer a importância das atividades desenvolvidas pelos caminhoneiros para a sociedade, o deputado estadual Delegado Claudinei (PSL), durante sessão plenária na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), apresentou indicação de n.º 1.982/2021 para que a Secretaria de Saúde de Mato Grosso (SES) e a Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM) viabilizassem a inclusão dos caminhoneiros na lista de prioridade imediata de vacinação contra a covid-19.
Conforme o Plano Nacional de Imunização, o governo federal inseriu a categoria na lista do grupo de prioridades para o recebimento das vacinas, no mês de janeiro deste ano, por serem considerados essenciais para o desenvolvimento do país. “Os caminhoneiros desempenham um importante trabalho para a sociedade. Por isso, estou reivindicando para que o governo estadual e a AMM possam viabilizar essas vacinas para a categoria de Mato Grosso. Eles atravessam o Brasil todo, colocam a vida em risco nas paradas no seu trabalho diário” expõe o parlamentar.
Discriminação – O caminhoneiro de Rondonópolis, Lussandro da Silva Bonfim, que atua na profissão há 26 anos, conta que a situação está muito complicada com a pandemia. Ele disse que além de arriscar a vida para trabalhar, sente na pele a discriminação devido os caminhoneiros deslocarem de uma cidade para outra e as pessoas pensarem que eles estão infectados com o vírus.
“Falam que nós carregamos o Brasil nas costas e não entendo porque não veio as vacinas para a nossa classe. Na verdade, a gente vive por aí. Hoje estou em uma cidade, amanhã em outra, eu nunca ouvi falar quando vamos tomar essa injeção. Na verdade, desde que surgiu este vírus, somos muito discriminados. Parece que a gente que carrega o vírus. Eu entendo a importância do distanciamento. Mas, quando fala caminhoneiro, eles mudam totalmente a maneira de agir conosco”, lamenta Lussandro ao detalhar o cenário vivenciado durante as paradas realizadas nas estradas do país.
Ele ficou satisfeito de saber que o deputado Claudinei está defendendo a categoria e busca soluções para que a vacina beneficie os caminhoneiros. “Ele teve o meu voto, acompanho os trabalhos dele. No começo da pandemia não tinha medo, mas hoje eu tenho medo. Este final de semana perdi dois amigos meus da categoria para o coronavírus. Um deles saiu de Rondonópolis para Miritituba (PA). Ele chegou a mandar foto quando estava sendo internado e, infelizmente, saiu de lá morto”, comenta Bonfim.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, foram contabilizados 1,24 milhão caminhoneiros como potenciais alvos do plano de vacinação, o que eleva ao total de pessoas do grupo prioritário para 77,2 milhões.
Fonte: Assessoria