A Ferrari confirmou que o crossover Purosangue será lançado no início de 2022, segundo a revista britânica Car Magazine, que citou ainda outros dois produtos orientados para o mesmo segmento.
Rendendo-se ao segmento de SUVs, a Ferrari anunciou recentemente que não deverá ser uma marca 100% elétrica, mas parece que as coisas não deverão seguir esse curso.
A primeira indicação é que o próprio autor da declaração saiu da Ferrari. Louis Camilleri pronunciou o suposto posicionamento da marca italiana em novembro, mas em dezembro, saiu da companhia, apenas dois anos após assumir.
Com mercados importantes se direcionando para o fim da comercialização de carros a combustão, fica difícil imaginar a Ferrari ainda com propulsão híbrida, que moverá o Purosangue, cuja potência deverá ficar em torno de 800 cavalos.
O projeto F175 será o primeiro focado no segmento que domina o crescimento das vendas e terá quatro lugares, sendo construído sobre a plataforma de motor dianteiro da Ferrari, mas a seção central é a mesma dos modelos de propulsor central.
Além disso, a Ferrari terá também outros dois modelos, conhecidos internamente pelos codinomes F244 e F245, que chegarão ao mercado entre 2024 e 2026.
Estes produtos terão uma plataforma com baterias planas de 80 kWh e quatro motores elétricos, que devem render acima de 610 cavalos.
Sabe-se que eles serão direcionados para combater os rivais Aston Martin DBX e Lamborghini Urus, sugerindo que o Purosangue fique entre os dois.
Com esse trio, a Ferrari deverá experimentar um aumento importante nas vendas, algo já visto na Lamborghini, por exemplo. Tendo nome envolvido em disputas legais na Europa, o Purosangue abrirá o caminho para a marca entrar na nova era dos automóveis.
Apesar de muitos puristas torcerem o nariz para as mudanças, elas são inevitáveis para qualquer fabricante atual. Marcas tradicionais como Bentley e Rolls-Royce já mudaram suas políticas, sendo a primeira pronta para ser 100% elétrica em 2030.
Ainda existem os que resistem, como a McLaren, que afirmou não entrar no mercado de SUVs e nem elétricos, mas isso deve mudar ou a marca não terá onde vender seus carros após 2035. Nos EUA, por exemplo, Califórnia e Massachusetts já impuseram essa data para o fim dos carros a combustão.
[Fonte: Car Magazine]
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